quarta-feira, 27 de abril de 2011
Governo deve suavizar calote de despesas pendentes
Pressionado pela base aliada, que nos bastidores ameaçou iniciar uma rebelião contra o Planalto nas votações no Congresso devido ao “cancelamento” de emendas parlamentares, o governo sinalizou nesta terça-feira que vai amaciar o corte. O calote dos chamados restos a pagar – despesas empenhadas e não pagas até o fim do exercício financeiro – dos orçamentos de 2007 a 2009 deve ficar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 3 bilhões. Segundo um parlamentar envolvido nas negociações, nem todo esse montante será cortado de emendas. A questão tem provocado polêmica no Congresso porque cerca de metade dos restos a pagar dizem respeito a emendas. Hoje, há R$ 9,8 bilhões em risco de cancelamento referente ao período – R$ 5,2 bilhões são de emendas parlamentares, segundo dados do Ministério do Planejamento. Até sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar o tamanho da tesourada para tentar interromper a insatisfação parlamentar. A tendência é que os restos a pagar de 2009 sejam prorrogados pelo menos até o fim de agosto e que o cancelamento atinja somente convênios de 2008 e 2007 que ainda não estejam em execução.