Uma Caminhada da Luta Antimanicomial acontece em Ilhéus, nesta quarta-feira (18), a partir das 14h30, com saída do Teatro Municipal de Ilhéus, na Praça Luiz Vianna. A iniciativa é do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PETSaúde) juntamente com integrantes do Grupo de Pesquisa em Saúde Mental da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
Após a caminhada acontecem na praça atividades de conscientização sobre o tema. Segundo a professora e médica Rozemere Cardoso de Souza, do Departamento de Ciências da Saúde da Uesc, até a próxima sexta-feira (20) vão ser realizados eventos abertos à comunidade que também vão lembrar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, 18 de maio. De acordo com ela, a data recorda o início dessa mobilização, no final da década de 80, em Bauru, São Paulo.
O movimento, como explica a professora, tem o ideal de uma sociedade livre dos manicômios, grandes hospitais psiquiátricos, sanatórios, hospícios, entre outras unidades ou instituições fechadas “que ferem princípios da cidadania, da liberdade, da ética e da solidariedade dos sujeitos em sofrimento psíquico”. Na opinião de Rozemere, “ao invés de tratar, esses espaços foram considerados iatrogênicos, ou seja, pioram a situação do interno”.
Para ela, abraçar a ideia de se conviver com essas pessoas e cuidar de forma humanizada no Sistema Único de Saúde (SUS) fazem parte da luta antimanicomial, que representa um convite para outro olhar sobre a saúde e a doença mental. “Da luta antimanicomial surge a invenção de novas formas de lidar e conviver com a loucura. Os espaços de cuidado passam a ser os espaços da vida cotidiana, a exemplo dos lugares onde se vive, onde se estuda, onde se brinca, onde se cuida, onde se cria (espaços de cultura e da arte) ou onde a vida ganha sentindo simplesmente vivendo”, enfatiza.
Deixe seu comentário
Se possível, deixe nos comentários notícias ou acontecimentos de seu país.
Ou se preferir envie uma e-mail para: jornal.correiodosertao@gmail.com
Você vale muito para nós!!!
