Morte de Ana Carolina Teixeira completa um mês nesta quinta-feira (1º).
Laudos não ficaram prontos e morte não foi esclarecida.
Bruno GutierrezSantos, SP
Ana Carolina morreu no dia 1º de Outubro(Foto: Arquivo Pessoal)
Ana Carolina tinha 21 anos quando foi atropelada(Foto: Arquivo Pessoal)
Um mês após a morte da jovem Ana Carolina Teixeira, de 21 anos, que foi atropelada enquanto saía do trabalho em Santos, no litoral de São Paulo, a mãe da vítima, Gláucia Cópia, diz que não aguenta mais esperar pela solução do caso. Apesar de um suspeito de ter atropelado a jovem ter se apresentado, não houve depoimento, já que o homem se recusou a conversar com o delegado e afirmou que só daria o depoimento na Justiça.
Gláucia não mede as palavras para falar o que sente em relação ao homem que atropelou sua filha: ódio. A mãe da vítima afirma que, caso um dia encontre o homem, não dirá absolutamente nada a ele e que, provavelmente, vai querer agredí-lo. “Se pudesse, acho que não falaria nada. Eu bateria nele. Tenho ódio dele. Sei que não posso alimentar um sentimento desses no coração. Ele forjou as provas, provocou o acidente e fugiu sem prestar socorro. Por ter feito tudo isso ele é bandido. Se tivesse forças, mandaria ele para um paredão”, diz.
Gláucia comenta que, um mês após perder Ana Carolina, ainda não teve coragem para mexer no quarto da filha. A mãe da garota garante estar revoltada com a polícia. “Me sinto um barco a deriva. Sem bússola, sem GPS, não sei para que lado eu vou. Tiraram o meu chão. Aqui era só eu e ela. Eu não tenho ninguém em Santos, não tenho família. Tiraram a única coisa de bem da minha vida. Não tenho coragem de desmanchar nada. Não mexi no quarto, não doei as roupas dela. Sinto como se tivesse me descartando da Carol. Estou revoltada com a polícia. No Brasil é tudo negligente. Em outro país tirariam a carta dele. Fora daqui você fica detido até provar a inocência. Aqui é preciso provar que a pessoa é culpada”, reclama.
Três testemunhas já foram chamadas para prestar depoimento. Uma reconstituição do acidente ainda deverá ser marcada para as próximas semanas. Segundo Gláucia, o motorista apresentou um laudo psiquiátrico informando que realiza tratamento. Para ela, o fato é um agravante ao caso. “Se ele tivesse fazendo tratamento antes do acidente não poderia estar dirigindo. Eu sei porque quando passei por isso e precisei tomar remédios fortes, a primeira coisa que fizeram foi retirar minha habilitação”, conta.
De acordo com a mãe da vítima, um depoimento de uma das testemunhas citou que, constantemente, o condutor era visto embriagado ao chegar em casa. “O porteiro do prédio dele foi claro afirmando que ele chegava constantemente embriagado no prédio. Se ele estava tomando remédio piorou, porque ele misturou álcool com medicamentos. O que agravaria seu estado”, disse.
Durante a perícia realizada no veículo do suspeito, a polícia encontrou um fio de cabelo que pode pertencer a Ana Carolina. Gláucia reclamou da demora para a análise ser feita e conta que ainda espera ser chamada para o exame de DNA. “As coisas estão caminhando a passo de tartaruga. Ainda não veio nada da criminalística. Eles colheram o material no dia 8 de outubro. Ainda nem me chamaram para fazer o exame para comparar o DNA. Estamos apertando a polícia para ter resultados”.
O G1 tentou entrar em contato com o advogado do suspeito de atropelar Ana Carolina, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
Laudos não ficaram prontos e morte não foi esclarecida.
Bruno GutierrezSantos, SP
Ana Carolina morreu no dia 1º de Outubro(Foto: Arquivo Pessoal)
Ana Carolina tinha 21 anos quando foi atropelada(Foto: Arquivo Pessoal)
Um mês após a morte da jovem Ana Carolina Teixeira, de 21 anos, que foi atropelada enquanto saía do trabalho em Santos, no litoral de São Paulo, a mãe da vítima, Gláucia Cópia, diz que não aguenta mais esperar pela solução do caso. Apesar de um suspeito de ter atropelado a jovem ter se apresentado, não houve depoimento, já que o homem se recusou a conversar com o delegado e afirmou que só daria o depoimento na Justiça.
Gláucia não mede as palavras para falar o que sente em relação ao homem que atropelou sua filha: ódio. A mãe da vítima afirma que, caso um dia encontre o homem, não dirá absolutamente nada a ele e que, provavelmente, vai querer agredí-lo. “Se pudesse, acho que não falaria nada. Eu bateria nele. Tenho ódio dele. Sei que não posso alimentar um sentimento desses no coração. Ele forjou as provas, provocou o acidente e fugiu sem prestar socorro. Por ter feito tudo isso ele é bandido. Se tivesse forças, mandaria ele para um paredão”, diz.
Gláucia comenta que, um mês após perder Ana Carolina, ainda não teve coragem para mexer no quarto da filha. A mãe da garota garante estar revoltada com a polícia. “Me sinto um barco a deriva. Sem bússola, sem GPS, não sei para que lado eu vou. Tiraram o meu chão. Aqui era só eu e ela. Eu não tenho ninguém em Santos, não tenho família. Tiraram a única coisa de bem da minha vida. Não tenho coragem de desmanchar nada. Não mexi no quarto, não doei as roupas dela. Sinto como se tivesse me descartando da Carol. Estou revoltada com a polícia. No Brasil é tudo negligente. Em outro país tirariam a carta dele. Fora daqui você fica detido até provar a inocência. Aqui é preciso provar que a pessoa é culpada”, reclama.
Três testemunhas já foram chamadas para prestar depoimento. Uma reconstituição do acidente ainda deverá ser marcada para as próximas semanas. Segundo Gláucia, o motorista apresentou um laudo psiquiátrico informando que realiza tratamento. Para ela, o fato é um agravante ao caso. “Se ele tivesse fazendo tratamento antes do acidente não poderia estar dirigindo. Eu sei porque quando passei por isso e precisei tomar remédios fortes, a primeira coisa que fizeram foi retirar minha habilitação”, conta.
De acordo com a mãe da vítima, um depoimento de uma das testemunhas citou que, constantemente, o condutor era visto embriagado ao chegar em casa. “O porteiro do prédio dele foi claro afirmando que ele chegava constantemente embriagado no prédio. Se ele estava tomando remédio piorou, porque ele misturou álcool com medicamentos. O que agravaria seu estado”, disse.
Durante a perícia realizada no veículo do suspeito, a polícia encontrou um fio de cabelo que pode pertencer a Ana Carolina. Gláucia reclamou da demora para a análise ser feita e conta que ainda espera ser chamada para o exame de DNA. “As coisas estão caminhando a passo de tartaruga. Ainda não veio nada da criminalística. Eles colheram o material no dia 8 de outubro. Ainda nem me chamaram para fazer o exame para comparar o DNA. Estamos apertando a polícia para ter resultados”.
O G1 tentou entrar em contato com o advogado do suspeito de atropelar Ana Carolina, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.