A Polícia Militar de São Paulo informou nesta quarta-feira (7) que estendeu a Operação Saturação para as zonas norte leste da capital paulista e também para a cidade de Guarulhos. A iniciativa, vigente desde o último dia 29 na favela de Paraisópolis (zona sul de SP), não tem prazo para terminar. A medida foi anunciada um dia depois de o Ministério da Justiça e o governo de São Paulo apresentarem um plano de ações para combate ao crime organizado no Estado.
Conforme balanço divulgado hoje cedo, um total de 36 pessoas foram presas desde o início da operação, deflagrada em meio à onda de violência que atinge a capital e que já resultou na morte de ao menos 90 policiais. Nas novas localidades, a operação está vigente desde as 6h.
Segundo a PM, a intensificação da operação contará com mais de 160 policiais militares na Parada de Taipas, na zona norte, 130 PMs em Santa Inês, na zona leste, e 110 PMs na comunidade São Rafael, em Guarulhos. Nos três pontos, a corporação terá o apoio de veículos e de uma aeronave em cada uma.
O número de homens nas três novas localidades, porém, ainda é inferior ao empregado apenas em Paraisópolis --400, contra 500 na favela paulistana.
Ao todo, de acordo com a PM-SP, além, dos 36 presos desde o início da operação, também já foram apreendidos seis adolescentes, recapturados 11 foragidos da Justiça e apreendidas 16 armas de fogo, 351 munições e pouco menos de 400 kg de drogas.
Pacote de medidas
Ontem, a criação de uma "agência de ação integrada" para combate ao crime organizado foi a primeira medida anunciada pela parceria entre União e o governo do Estado de São Paulo para enfrentar a onda de violência no Estado.
O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo governador Geraldo Alckmin após reunião no Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista).
Além da criação da agência, cuja primeira reunião será na segunda que vem (12), outras cinco medidas foram anunciadas: o fortalecimento dos trabalhos de perícia, a fiscalização conjunta em vias marítima, aérea e terrestre, a criação de um centro de comando e controle integrado por videomonitoramento e com auxílio da Prefeitura de SP, ações de enfrentamento ao crack e transferência de presos de São Paulo a penitenciárias federais nos próximos dias.