segunda-feira, 18 de abril de 2011
Governo quer usar extrativismo contra pobreza extrema
Com um laptop sempre à mão, o presidente do Conselho Nacional de Populações Extrativistas da Amazônia, o ex-seringueiro Manoel Cunha, não tem dúvida sobre se é possível viver da floresta sem derrubá-la. – Dá sim, as famílias vivem bem e aprendem que não podem sair daqui. Ele é um dos moradores da reserva do Médio Juruá, que explora sobretudo produtos não madeireiros, como a castanha do Pará, o açaí e o óleo da andiroba. O pesquisador Paulo Amaral, do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), estima que o extrativismo empregue na Amazônia 1,5 milhão de pessoas, que buscam legalizar sua produção, competir com a atividade ilegal e ter acesso a mercados. As estatísticas são muito frágeis.