Ônibus caiu em ribanceira e deixou pelo menos 11 mortos e 19 feridos.
Famíliares fazem o reconhecimento dos corpos das vítimas.
O Instituto Médico Legal (IML) divulgou os nomes de cinco mortos no grave acidente de ônibus ocorrido na tarde desta segunda-feira (22), na altura do km 102 da rodovia Rio-Teresópolis (BR-116), que deixou pelo menos 11 mortos e 19 feridos. São eles: Eduardo Fernandes, José Neves, de 59 anos, Maria Aparecida Mota Neves, de 55, Edes Moraes da Silva e Lúcia Florindo da Silva.
Doze horas depois do acidente, técnicos ainda trabalhavam na Rodovia Rio-Teresópolis para retirar o ônibus da ribanceira. O ônibus só foi retirado da ribanceira no final da madrugada desta terça-feira (23). A operação cuidadosa, que envolveu cerca de 40 pessoas, começou depois da remoção do último corpo, o do motorista. A rodovia Rio-Teresópolis permaneceu com meia pista interditada e técnico desceram na mata para fixar cabos de aço ao veículo. Foi necessária a força de três guinchos grandes para começar a puxar o ônibus lentamente.
Doze horas depois do acidente, técnicos ainda trabalhavam na Rodovia Rio-Teresópolis para retirar o ônibus da ribanceira. O ônibus só foi retirado da ribanceira no final da madrugada desta terça-feira (23). A operação cuidadosa, que envolveu cerca de 40 pessoas, começou depois da remoção do último corpo, o do motorista. A rodovia Rio-Teresópolis permaneceu com meia pista interditada e técnico desceram na mata para fixar cabos de aço ao veículo. Foi necessária a força de três guinchos grandes para começar a puxar o ônibus lentamente.
No caminho, árvores foram serradas para facilitar os trabalhos. A violência do acidente deixou o veículo totalmente destruído e os técnicos precisaram reposicionar os guinchos várias vezes. Foram mais de 40 minutos de tentativas, até que a rodovia foi fechada nos dois sentidos e o ônibus voltou a ser puxado para a pista.
O trabalho dos técnicos ficou ainda mais difícil porque as rodas traseiras estavam travadas e, em função disso, eles não conseguiam arrastar o ônibus. O problema só foi resolvido perto das 4h da manhã. Agentes ainda limparam a pista, antes de ser totalmente liberada.
Falha no freio
Peritos de Polícia Civil investigam se o ônibus, que caiu em uma ribanceira, teria perdido o freio antes do acidente. A falha técnica também é uma das hipóteses da causa do acidente, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A outra possibilidade é a de o motorista, que também morreu, ter passado mal.
Peritos de Polícia Civil investigam se o ônibus, que caiu em uma ribanceira, teria perdido o freio antes do acidente. A falha técnica também é uma das hipóteses da causa do acidente, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A outra possibilidade é a de o motorista, que também morreu, ter passado mal.
A linha de investigação da PRF é baseada em relatos de testemunhas, que viram o ônibus, da empresa Auto Viação 1001, descer a serra na contramão, com o alerta ligado. A técnica de enfermagem Sônia Tambara e o aposentado Sebastião Tambara seguiam de carro para Teresópolis quando viram o ônibus descer a serra na contramão. Sebastião diz que desviou, mas mesmo assim o ônibus bateu na lateral do seu carro. O casal fez o retorno para ir atras do ônibus e tentar pará-lo, mas não achou mais o coletivo na estrada. "Descemos a serra até a delegacia e ao chegar lá fomos saber do acidente", contou Sônia. "A gente ia bater de frente. Descemos rezando o terço juntos."
Segundo peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, o tacógrafo, que registra a velocidade do ônibus, marcava 80 km/h. A velocidade máxima permitida é de 60 km/h. A polícia também afirmou que não há marcas de freio.
O onibus será levado para o pátio da empresa e lacrado ate a polícia ir ao local fazer uma perícia mais aprofundada. O caso foi registrado na 67ª DP (Guapimirim).
A 1001 informou que faz manutenção constante nos veículos e que vai investigar se o veículo acidentado havia tido o freio inspecionado recentemente. A companhia disse que vai divulgar o nome dos mortos nesta terça-feira (23) e disponibilizou para os parentes das vítimas telefones (0800 941 3334, (11) 5060-5610 e (11) 5069-1177) para informações sobre o estado de saúde dos internados.
O ônibus saiu da cidade de Itaperuna, no Noroeste Fluminense do Rio, às 9h da manhã desta segunda-feira (22) com 29 pessoas, segundo a 1001. A assessoria disse ainda que, na hora do acidente, o número de passageiros poderia ser maior, já que o ônibus parou em outras cidades, como Miracema, Santo Antonio de Pádua, Pirapetinga e Além Paraíba. O destino do veículo era o Rio de Janeiro, com chegada prevista para 16h.
Segundo o Corpo de Bombeiros, oito feridos foram socorridos pela corporação. A CRT, companhia que administra a rodovia, informa que socorreu outros 11. Os corpos dos mortos foram levados à noite para o Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio. Segundo a PRF, 10 vítimas morreram no local e apenas uma morreu a caminho do hospital.
Segundo os bombeiros, os oito socorridos foram levados para o Hospital das Clínicas de Teresópolis (5 vítimas), o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense, (1 vítima) e o Hospital Municipal Miguel Couto (2 vítimas), na Gávea, Zona Sul do Rio.
De acordo com a CRT, os outros 11 feridos foram levados para o Hospital das Clínicas de Teresópolis, Hospital Adão Pereira Nunes e Hospital Municipal José Rabelo, em Guapimirim. Até 18h20, a empresa não havia informado quantos feridos haviam sido levados para cada unidade.
A Secretaria municipal de Saúde confirmou a chegada de dois feridos no Miguel Couto, um homem e uma mulher. Ele é alemão, tem cerca de 50 anos e está em estado grave, com várias fraturas pelo corpo. Até 19h, não havia informações sobre o estado de saúde da mulher.
Segundo a Concessionária Rio-Teresópolis, a via chegou a ficar interditada por 35 minutos.