Jovem é preso em Vila Canária suspeito de matar o pai
Um jovem de 18 anos foi preso em flagrante nesta quinta-feira (21), suspeito de matar o pai e tentar assassinar a mãe dentro de casa, no fim de linha da Vila Canária. Após atacar os familiares, Girlan Doria Andrade foi detido ao voltar à residência para buscar documentos e roupas, de acordo com a Polícia Militar. Responsável pela prisão do jovem, a 47ª Companhia Independente de Polícia Militar (Pau da Lima) afirmou que a mãe do rapaz encontrou o marido morto ao chegar em casa, com uma faca cravada nas costas. A polícia acredita que Girlan matou o pai, Ednildo Santos Andrade, de 57 anos, no começo da tarde. Márcia Célia Doria brigou com o filho, que a atacou com uma tesoura. Ela ficou ferida no pescoço e Girlan fugiu. Ao voltar para buscar alguns itens, o jovem foi detido pela polícia, já acionada pelos vizinhos. Informações do Correio.
Empreiteiras bancaram quase metade das viagens de Lula ao exterior
Grandes empreiteiras custearam quase metade das viagens feitas pelo ex-presidente Lula desde que ele deixou o governo, para países onde as companhias tinham interesses, segundo reportagem da Folha desta sexta-feira (22). O Estadão já havia informado que três construtoras com histórico de doações para campanhas petistas e de execução de obras do governo federal bancaram viagem de seis dias do ex-presidente para a África, finalizada nesta terça (19): Odebrecht, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. Políticos e empresários relataram à Folha que o petista auxiliou a alavancar interesses de outros gigantes, como Camargo Corrêa e OAS. Desde 2011, o ex-presidente foi a 30 países, dos quais 20 ficam na África e América Latina. As empreiteiras pagaram 13 dessas viagens. O Instituto Lula não informa quanto recebe das companhias. Dois procuradores da República, um delegado federal, um juiz e dois advogados afirmaram que, a princípio, não há irregularidades nas viagens por não haver lei sobre a atuação de ex-presidentes.
Diante de impasse, Wagner discutirá com Dilma alternativa para verba destinada ao metrô
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O governador Jaques Wagner anunciou que discutirá com a presidente Dilma Rousseff um destino alternativo para as verbas federais destinadas ao metrô de Salvador, caso permaneça o impasse para a implantação do modal. “Ela tem um estoque de R$ 1 bilhão para investir. Aí eu vou dizer: ‘vamos usar em mobilidade, em outro aspecto, pois não conseguimos bater o martelo’”, afirmou o petista durante visita às instalações da Fiocruz na capital baiana. O governador lembrou “a titularidade da prefeitura” sobre o transporte da cidade e disse que não deseja ser “um intruso”. “Se não dá, não adianta ficar se desgastando nesse bate-boca. Deu, deu. Não deu, tudo bem. Eu transformo isso em avenida, na orla, na ligação Cajazeiras-Pirajá”, exemplificou. Informações do jornal A Tarde.
Impasse no metrô: Líder da oposição denuncia 'lobby' dos empresários de ônibus
por Evilásio Júnior
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, Gilmar Santiago (PT), disse acreditar que o real motivo para o impasse que permeia as negociações entre prefeitura e governo do Estado para que a licitação do metrô da Paralela seja liberada é a pressão dos empresários que exploram o serviço de ônibus da cidade. Sem dar nome aos bois, o petista avalia que o segmento exerce forte pressão no Palácio Thomé de Souza, mas se esquiva sobre a possibilidade de o Município atender aos interesses. "Não quero dizer que a prefeitura está a serviço dos empresários, mas existe um lobby, que é muito forte, desde a época que se discutia se ia ser VLT, BRT ou metrô. A cidade não pode ficar refém de apenas um modal de transporte. A hora é agora e eu sei que ACM Neto sabe que tem diante de si o desafio de não passar para a história como o prefeito que não conseguiu destravar a cidade", avaliou Santiago, em entrevista ao Bahia Notícias. O vereador cobra que a administração soteropolitana "faça a parte dela" e dê a licença para que a concorrência pública seja lançada. "A prefeitura tem que ter autonomia para dizer aos empresários que eles vão ter a fatia deles, mas não pode haver hegemonia. Se eles ditam as regras, o povo é que não pode pagar a conta", comparou. Gilmar Santiago criticou ainda a postura de alguns aliados de Neto e, sobretudo, a declaração do secretário municipal de Transporte e Urbanismo, José Carlos Aleluia, de que "a Avenida Paralela não tem passageiro" que justifique trilhos em sua extensão. "Alguns vereadores esquecem que a região do Bairro da Paz, Mussurunga, São Cristóvão é mais populosa e que a própria Estação Mussurunga está mais perto de Cajazeiras do que a Estação Pirajá. Sem contar que a Paralela é a via estruturante central de Salvador", pontuou. Em 2011, ainda quando se discutia qual seria o transporte adotado para a Copa do Mundo, o Setps chegou a oferecer R$ 600 milhões à prefeitura para evitar a construção do metrô e criar faixas exclusivas de ônibus. O secretário de Planejamento do Estado à época, o deputado federal Zezéu Ribeiro (PT), disse que a proposta "cheirava a picaretagem".
Hilton critica metrô da Paralela: 'Esse trajeto é uma farsa'
por Rodrigo Aguiar
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O vereador Hilton Coelho (PSOL) aproveitou a audiência pública realizada nesta quinta-feira (21) no Centro Cultural da Câmara para criticar mais uma vez a Linha 2 do Metrô de Salvador, em discurso alinhado em parte com o do secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia. Durante o evento, o titular disse que o Município não iria se opor à implantação do modal na Paralela, mas ressaltou a escolha do governo em instalar o metrô em um local “sem passageiros”. O socialista seguiu a mesma linha, apesar das diferenças ideológicas, e classificou como “completamente secundária” a disputa entre prefeitura e governo em relação à tarifa. “Alguns vereadores levantaram a questão: a quem serve este metrô? O núcleo populacional do Subúrbio e de Cajazeiras precisa ser contemplado. Esse trajeto [da Paralela] é uma farsa. Como disse o secretário Aleluia ao jornal A Tarde, o que se quer é estimular o adensamento da Paralela”, protestou Hilton. Aos berros, o vereador lembrou promessas de campanha feitas por ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT) relativas à população das localidades mencionadas, chegou a bater na mesa e precisou ser alertado várias vezes de que o seu tempo de fala havia expirado. Ao terminar o discurso, Hilton foi parabenizado por diversos vereadores da base do prefeito.
Vereador sugere transferência do metrô sem definição de tarifa
por Rodrigo Aguiar
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
Apesar da falta de acordo entre prefeitura e governo estadual sobre o sistema metroviário da capital baiana, não faltaram sugestões e discursos feitos por vereadores da capital baiana nesta quinta-feira (21), durante audiência pública que discutiu o tema. A maioria dos edis utilizou o tempo disponível para repetir o senso comum de que “já são 13 anos sem metrô”, como se a população não soubesse disso. Em meio às sugestões, o vereador Léo Prates (DEM) sugeriu até mesmo a transferência do modal sobre trilhos da instância municipal para a estadual sem o acerto do valor da passagem. “A tarifa seria acertada depois”, defendeu. Coube aos secretários Rui Costa e José Carlos Aleluia explicar a inviabilidade do processo. “Para nós, seria cômodo, mas quem negocia tem que olhar o outro lado. O Estado não pode deixar para depois por causa da Parceria Público Privada [PPP]”, argumentou Aleluia. “Os pressupostos, os pilares, têm que ser dados na licitação”, lembrou Costa. Quem também apareceu e falou foi o deputado estadual Uziel Bueno (PTN). Ao argumentar que o ponto conflitante eram as linhas de ônibus até o metrô, Bueno pediu que os titulares “abrissem os corações” e sugeriu a administração das linhas alimentadoras por um terceiro setor, sem especificar qual seria. “Por que os senhores não chegam a um denominador comum e abrem mão das linhas alimentadoras? Nem o Setps, nem o governo. Não é esse o espírito?”, questionou.
Policiais civis acumulariam função de agentes penitenciários, diz sindicato
por Natália Falcón
Foto: Carol Barreto/ Tudo FM
Estruturação, capacitação e valorização. Esta é a santa trindade que precisa ser trabalhada para restabelecer a qualidade do serviço prestado pela Polícia Civil, segundo afirmaram Marcos Maurício e Bernardino Gayoso, respectivamente, presidente e secretário-geral do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc) em entrevista à Rede Tudo FM 102,5. A principal queixa é o acúmulo de funções pelos oficiais, que diante da superlotação carcerária têm que atuar como agentes penitenciários e até recebem dinheiro para isso. “Se alguém me oferece um valor para fazer alguma coisa que não é minha função, está me subornando”, conclui Gayoso. Os números atuais, segundo o Sindpoc, apontam para um cenário caótico, no qual o número de presos excedentes é 3.097, nas penitenciárias e hospitais de custódia, e 5 mil nas delegacias. Em Guanambi, no sudoeste baiano, as informações são de que todas as dependências da delegacia, o que inclui a sala do titular da unidade e do escrivão, são usadas como celas. A situação não é nova, mas diante da exigência social por uma segurança pública voltada para a prevenção, há de se considerar o escasso efetivo. “Já está deficiente. Tem que fazer segurança de repressão. Não há espaço para segurança preventiva”, pontua o presidente do sindicato. Apesar de reconhecer os avanços no que se refere ao armamento da instituição, os representantes da corporação ressaltam que o modelo de gestão do atual governo do Estado permanece deficitária. Para a associação, a primeira ação, em curto prazo, deveria ser a contratação de novos agentes para cadeias públicas e delegacias de polícia. “Reformar e ampliar é mais fácil do que construir. É preciso desafogar a superlotação e então construir novos presídios”, explica Maurício, ao se referir aos projetos posteriores.