Presidente do PTN coloca novo secretário de Educação e ACM Neto 'na cota do partido'
por Sandro FreitasFoto: Divulgação
Oficialmente, o tom do PTN na Bahia é, mais uma vez, diferente
do adotado pelo vereador Carlos Muniz, integrante da legenda que já
tinha exigido a saída de João Carlos Bacelar da Secretaria Municipal de
Educação (Smed). A previsão é de um novo desconforto dentro da sigla,
visto que com a saída de Bacelar nesta terça-feira (30), não a pedido de Muniz, o vereador garantiu ao Bahia Notícias
que o partido não indicou qualquer o substituto para a Smed e que o
grupo estaria livre para dar adeus ao prefeito ACM Neto (DEM). Procurado
pelo BN, o presidente estadual do PTN, Maurício de Tude – irmão de
Bacelar –, foi categórico ao dizer que o novo titular da pasta, o
ex-deputado federal Jorge Khoury (DEM), está “na cota” da agremiação na
gestão municipal e negou que a legenda vá deixar a base governista.
“Khoury foi lembrado por nós do PTN. Sugerimos o nome dele e o prefeito
acatou, pois quem nomeia ou demite é ele. ACM Neto achou que foi uma boa
sugestão e ele está na cota do partido. Continuamos na base
governista”, garantiu. Por sua vez, o novo secretário afirmou ao BN que
“questões partidárias podem ser discutidas mais à frente”, mas deixou
pistas de como se deu a negociação. “O convite surgiu neste final de
semana, em uma reunião entre eu, o prefeito e o secretário Bacelar. Foi o
secretário [Bacelar] que discutiu meu nome, mas minha ida se deu pelo
fato de ser um gestor”, pontuou. A afirmação é similar à de Tude, que
sinalizou a suposta indicação do democrata por ele ser “apartidário” e
acumular experiências como prefeito de Juazeiro, parlamentar e
secretário de Estado.
Novo secretário de Educação, Jorge Khoury (DEM) - Foto: Agência Câmara
O atual presidente estadual do PTN também colocou na conta da
legenda o posto de maior destaque no Palácio Thomé de Souza, aquele que
garante a posse da caneta mais poderosa. “Nós temos o maior cargo [da
gestão municipal], o do prefeito ACM Neto, que ajudamos a eleger e é
amigo pessoal meu e de João”, disse Tude, ao se referir ao irmão João
Carlos Bacelar, que recebeu o “sim” do prefeito para continuar na
secretaria, sendo o único remanescente da administração do outro João
(Henrique), até esta terça. O substituto, Jorge Khoury, declarou que
terá como prioridades na administração da pasta temas como a valorização
do professor, cumprimento das metas estabelecidas pelo prefeito e a
inclusão social dos alunos da rede municipal. Após agradecer o convite e
garantir empenho na nova jornada, ele também disse que ainda vai
analisar a situação da secretaria e, por enquanto, não iria comentar
assuntos específicos, como as sucessivas denúncias de irregularidades na
Smed. Após dois anos e meio como titular da Educação soteropolitana
Bacelar voltará a ser o presidente estadual do PTN. “É automático. Eu
fui eleito e assumi de forma provisória até ele [Bacelar] retornar”,
explicou Tude, que ainda estuda se será candidato nas eleições de 2014,
posicionamento que depende das conversas com grupos políticos de
Camaçari, onde pretende manter a união da oposição. O irmão tentará
chegar à Câmara Federal.
Quarta, 31 de Julho de 2013 - 00:00
Livre do PSC, Targino fala de morte do MD: 'PT fez o que sabe fazer muito bem, que é comprar gente'
por Evilásio JúniorDeputado diz que vai para 'partido grande | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ BN
O
deputado estadual Targino Machado conseguiu na Justiça Eleitoral, nesta
terça-feira (30), por unanimidade, a "carta de alforria" do PSC.
Ferrenho opositor do governador Jaques Wagner (PT), o parlamentar não
aceitava a migração do partido para a ala da maioria na Assembleia
Legislativa da Bahia. "Nós defendemos junto ao TRE a tese de que eu não
podia ser hóspede nem inquilino do governador. Em outros tempos, essa
prática de comprar deputados existia, mas agora o PT mudou. Ele não
compra mais deputados. Compra partidos. Em boa hora, a Justiça Eleitoral
teve o entendimento de que o político com mandato não tem que ficar
refém dessa descaração reinante", tripudiou. Cotado para ingressar na
Mobilização Democrática (MD), sigla que seria fundada a partir da junção
entre PPS e PMN, ele atribui ao Partido dos Trabalhadores a desistência
da segunda legenda. "Entrou água porque o PT foi lá na família que é
dona do partido [PMN], investiu e inviabilizou a fusão. O MD seria uma
porta de fuga. Já nasceria grande porque os insatisfeitos correriam para
lá. Enxergando isso, o PT fez o que sabe fazer muito bem, que é comprar
gente. Como a gente que se vende é sempre de péssima qualidade, o
governo está muito mal acompanhado", acusou. Ele diz que o seu destino,
agora, será decidido em conjunto com a sua base eleitoral e o prefeito
de Feira de Santana, José Ronaldo, que é integrante do DEM. "Eu lhe
confesso que essa decisão não será e não pode ser monocrática. A
conquista do meu mandato não foi feita por mim, somente. Eu não posso
ser hipócrita e não reconhecer que eu tenho que conversar, também, com o
meu maior parceiro hoje que é o prefeito José Ronaldo de Carvalho. Ele é
o farol sinalizador da minha atuação política", exaltou. No entanto, ao
falar que tem "dois meses de tranquilidade para tomar uma decisão",
Targino ainda não garante que o seu caminho será o Democratas. "Uma
coisa é verdade: eu não irei para um partido pequeno, por mais vantajoso
que seja o coeficiente eleitoral e ser eleito com menos votos. Não
quero ser surpreendido de novo com essa operação do PT", disparou.
Quarta, 31 de Julho de 2013 - 00:00
Hospital Espanhol: Lúcio acusa Sesab de atrasar repasse da Desenbahia: ‘Se não pagar, vai fechar’
por Francis JulianoFoto: Tiago Melo / Bahia Notícias
O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) procurou o Bahia
Notícias para falar da situação do Hospital Espanhol, em Salvador.
Segundo ele, o local está com o atendimento prejudicado com ameaça de
novo fechamento. O aporte de verba da Agência de Fomento do Estado
(Desenbahia) ainda não teria sido feito, o que, segundo Lúcio, descumpre
o acordo de recuperação financeira do Espanhol com a Caixa Econômica
Federal (CEF). “A Caixa já fez o primeiro pagamento de verba que
garantiu o retorno do hospital e precisa lançar a segunda parte, mas
isso depende da Desenbahia que até agora não fez a parte dela”, criticou
o parlamentar, ao afirmar que o banco já liberou R$ 32,6 milhões para o
centro médico. O peemedebista – que é irmão de Geddel Vieira Lima, vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa –
acrescenta que, para completar os R$ 57,6 milhões que a CEF se
comprometeu a repassar, a Desenbahia teria que liberar os recursos de
responsabilidade da agência baiana. A demora em fazer o repasse é
atribuída por Lúcio a motivações políticas do Palácio de Ondina. “O
governo do Estado quer administrar um local privado como se fosse dele,
através do senhor Andreis Castro”, comentou ao se referir ao diretor da
Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), que seria um dos responsáveis
pelo atraso da Desenbahia. O deputado disse também que as dificuldades
no Espanhol já se manifestam na piora da qualidade do atendimento. “Sem
dinheiro, como é que paga médico, funcionário e fornecedores? Se o
hospital fechar, nós iremos responsabilizar o governo”, provocou.
Quarta, 31 de Julho de 2013 - 00:00
'O CNJ aponta erros sem apresentar soluções', critica corregedor das comarcas do interior baiano
Foto: Niassa Jamena / Bahia Notícias
O
corregedor das comarcas do interior do Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA), Antônio Pessoa Cardoso, conversou com o Bahia Notícias sobre as
dificuldades enfrentadas pelo Judiciário baiano. Em defesa acirrada dos
membros e servidores da Justiça do Estado, o desembargador justifica a
lentidão judicial pela falta de estrutura e material humano nas unidades
da capital e, principalmente, do interior. "O juiz baiano tem muito
mais de mil processos e não tem servidor. Ele não cumpre meta não é
porque ele não quer, e sim porque não tem condição", argumentou. Cardoso
também criticou as posturas que o CNJ tem assumido em relação ao TJ-BA.
"O CNJ nunca se preocupou em oferecer condições melhores de trabalho. O
CNJ só aparece para apontar erros, mas nós entendemos que antes de se
descobrir erros, é preciso observar porque esses erros estão
acontecendo", censurou. Confira a entrevista na íntegra na Coluna Justiça!