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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Presidente do PTN coloca novo secretário de Educação e ACM Neto 'na cota do partido'

por Sandro Freitas
Presidente do PTN coloca novo secretário de Educação e ACM Neto 'na cota do partido'
Foto: Divulgação
Oficialmente, o tom do PTN na Bahia é, mais uma vez, diferente do adotado pelo vereador Carlos Muniz, integrante da legenda que já tinha exigido a saída de João Carlos Bacelar da Secretaria Municipal de Educação (Smed). A previsão é de um novo desconforto dentro da sigla, visto que com a saída de Bacelar nesta terça-feira (30), não a pedido de Muniz, o vereador garantiu ao Bahia Notícias que o partido não indicou qualquer o substituto para a Smed e que o grupo estaria livre para dar adeus ao prefeito ACM Neto (DEM). Procurado pelo BN, o presidente estadual do PTN, Maurício de Tude – irmão de Bacelar –, foi categórico ao dizer que o novo titular da pasta, o ex-deputado federal Jorge Khoury (DEM), está “na cota” da agremiação na gestão municipal e negou que a legenda vá deixar a base governista. “Khoury foi lembrado por nós do PTN. Sugerimos o nome dele e o prefeito acatou, pois quem nomeia ou demite é ele. ACM Neto achou que foi uma boa sugestão e ele está na cota do partido. Continuamos na base governista”, garantiu. Por sua vez, o novo secretário afirmou ao BN que “questões partidárias podem ser discutidas mais à frente”, mas deixou pistas de como se deu a negociação. “O convite surgiu neste final de semana, em uma reunião entre eu, o prefeito e o secretário Bacelar. Foi o secretário [Bacelar] que discutiu meu nome, mas minha ida se deu pelo fato de ser um gestor”, pontuou. A afirmação é similar à de Tude, que sinalizou a suposta indicação do democrata por ele ser “apartidário” e acumular experiências como prefeito de Juazeiro, parlamentar  e secretário de Estado.
 

Novo secretário de Educação, Jorge Khoury (DEM) - Foto: Agência Câmara
 
O atual presidente estadual do PTN também colocou na conta da legenda o posto de maior destaque no Palácio Thomé de Souza, aquele que garante a posse da caneta mais poderosa. “Nós temos o maior cargo [da gestão municipal], o do prefeito ACM Neto, que ajudamos a eleger e é amigo pessoal meu e de João”, disse Tude, ao se referir ao irmão João Carlos Bacelar, que recebeu o “sim” do prefeito para continuar na secretaria, sendo o único remanescente da administração do outro João (Henrique), até esta terça. O substituto, Jorge Khoury, declarou que terá como prioridades na administração da pasta temas como a valorização do professor, cumprimento das metas estabelecidas pelo prefeito e a inclusão social dos alunos da rede municipal. Após agradecer o convite e garantir empenho na nova jornada, ele também disse que ainda vai analisar a situação da secretaria e, por enquanto, não iria comentar assuntos específicos, como as sucessivas denúncias de irregularidades na Smed. Após dois anos e meio como titular da Educação soteropolitana Bacelar voltará a ser o presidente estadual do PTN. “É automático. Eu fui eleito e assumi de forma provisória até ele [Bacelar] retornar”, explicou Tude, que ainda estuda se será candidato nas eleições de 2014, posicionamento que depende das conversas com grupos políticos de Camaçari, onde pretende manter a união da oposição. O irmão tentará chegar à Câmara Federal.

   
Livre do PSC, Targino fala de morte do MD: 'PT fez o que sabe fazer muito bem, que é comprar gente'
Deputado diz que vai para 'partido grande | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ BN
O deputado estadual Targino Machado conseguiu na Justiça Eleitoral, nesta terça-feira (30), por unanimidade, a "carta de alforria" do PSC. Ferrenho opositor do governador Jaques Wagner (PT), o parlamentar não aceitava a migração do partido para a ala da maioria na Assembleia Legislativa da Bahia. "Nós defendemos junto ao TRE a tese de que eu não podia ser hóspede nem inquilino do governador. Em outros tempos, essa prática de comprar deputados existia, mas agora o PT mudou. Ele não compra mais deputados. Compra partidos. Em boa hora, a Justiça Eleitoral teve o entendimento de que o político com mandato não tem que ficar refém dessa descaração reinante", tripudiou. Cotado para ingressar na Mobilização Democrática (MD), sigla que seria fundada a partir da junção entre PPS e PMN, ele atribui ao Partido dos Trabalhadores a desistência da segunda legenda. "Entrou água porque o PT foi lá na família que é dona do partido [PMN], investiu e inviabilizou a fusão. O MD seria uma porta de fuga. Já nasceria grande porque os insatisfeitos correriam para lá. Enxergando isso, o PT fez o que sabe fazer muito bem, que é comprar gente. Como a gente que se vende é sempre de péssima qualidade, o governo está muito mal acompanhado", acusou. Ele diz que o seu destino, agora, será decidido em conjunto com a sua base eleitoral e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, que é integrante do DEM. "Eu  lhe confesso que essa decisão não será e não pode ser monocrática. A conquista do meu mandato não foi feita por mim, somente. Eu não posso ser hipócrita e não reconhecer que eu tenho que conversar, também, com o meu maior parceiro hoje que é o prefeito José Ronaldo de Carvalho. Ele é o farol sinalizador da minha atuação política", exaltou. No entanto, ao falar que tem "dois meses de tranquilidade para tomar uma decisão", Targino ainda não garante que o seu caminho será o Democratas. "Uma coisa é verdade: eu não irei para um partido pequeno, por mais vantajoso que seja o coeficiente eleitoral e ser eleito com menos votos. Não quero ser surpreendido de novo com essa operação do PT", disparou.

   
Hospital Espanhol: Lúcio acusa Sesab de atrasar repasse da Desenbahia: ‘Se não pagar, vai fechar’
Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) procurou o Bahia Notícias para falar da situação do Hospital Espanhol, em Salvador. Segundo ele, o local está com o atendimento prejudicado com ameaça de novo fechamento. O aporte de verba da Agência de Fomento do Estado (Desenbahia) ainda não teria sido feito, o que, segundo Lúcio, descumpre o acordo de recuperação financeira do Espanhol com a Caixa Econômica Federal (CEF). “A Caixa já fez o primeiro pagamento de verba que garantiu o retorno do hospital e precisa lançar a segunda parte, mas isso depende da Desenbahia que até agora não fez a parte dela”, criticou o parlamentar, ao afirmar que o banco já liberou R$ 32,6 milhões para o centro médico. O peemedebista que é irmão de Geddel Vieira Lima, vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa acrescenta que, para completar os R$ 57,6 milhões que a CEF se comprometeu a repassar, a Desenbahia teria que liberar os recursos de responsabilidade da agência baiana. A demora em fazer o repasse é atribuída por Lúcio a motivações políticas do Palácio de Ondina. “O governo do Estado quer administrar um local privado como se fosse dele, através do senhor Andreis Castro”, comentou ao se referir ao diretor da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), que seria um dos responsáveis pelo atraso da Desenbahia. O deputado disse também que as dificuldades no Espanhol já se manifestam na piora da qualidade do atendimento. “Sem dinheiro, como é que paga médico, funcionário e fornecedores? Se o hospital fechar, nós iremos responsabilizar o governo”, provocou.

   
'O CNJ aponta erros sem apresentar soluções', critica corregedor das comarcas do interior baiano
Foto: Niassa Jamena / Bahia Notícias
O corregedor das comarcas do interior do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Antônio Pessoa Cardoso, conversou com o Bahia Notícias sobre as dificuldades enfrentadas pelo Judiciário baiano. Em defesa acirrada dos membros e servidores da Justiça do Estado, o desembargador justifica a lentidão judicial pela falta de estrutura e material humano nas unidades da capital e, principalmente, do interior. "O juiz baiano tem muito mais de mil processos e não tem servidor. Ele não cumpre meta não é porque ele não quer, e sim porque não tem condição", argumentou. Cardoso também criticou as posturas que o CNJ tem assumido em relação ao TJ-BA. "O CNJ nunca se preocupou em oferecer condições melhores de trabalho. O CNJ só aparece para apontar erros, mas nós entendemos que antes de se descobrir erros, é preciso observar porque esses erros estão acontecendo", censurou. Confira a entrevista na íntegra na Coluna Justiça!