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terça-feira, 20 de abril de 2010

População de Arapiraca apoia CPI da Pedofilia


Perplexa e comovida, a população de Arapiraca, região agreste de Alagoas, demonstrou total apoio ao trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia, que investiga coroinhas e padres, vítimas e acusados, em escândalo de abuso sexual.
Perplexa e comovida, a população de Arapiraca, região agreste de Alagoas, demonstrou total apoio ao trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia, que investiga  coroinhas e padres, vítimas e acusados, em escândalo de abuso sexual. O presidente da CPI, Senador Magno Malta, abriu os trabalhos, afirmando que “o foco da investigação não é a igreja, mas os abusadores de crianças”.

As delegadas Bárbara Arraes e Maria Angelita, entregaram nesta sexta-feira, o inquérito totalmente finalizado ao Senador Magno Malta. As delegadas foram designadas pela direção-geral da Polícia Civil de Alagoas para investigar as denúncias contra monsenhores Luiz Marques Barbosa e Raimundo Gomes, e pelo padre Edílson Buarque. De acordo com testemunhas, os crimes teriam sido praticados quando os ex-coroinhas ainda eram crianças.

Maria Isabel dos Santos, funcionária do Monsenhor Luiz Marques, interrogada pelo Presidente da CPI, entrou em contradições, mas quando viu as imagens do vídeo com o religioso de 83 anos, fazendo sexo oral com um jovem, reconheceu que não era uma situação normal e chorou.

Os ex-coroinhas, Cícero Flávio Vieira, que fez a filmagem, Fabiano Ferreira da Silva, que aparece em cenas de sexo explícito com o Monsenhor Luiz e Anderson Farias da Silva, afirmaram no interrogatório que foram vítimas de abuso sexual por mais de 8 anos. Cícero, em tom firme, alegou que filmou o flagrante para denunciar e acabar de vez com as orgias que aconteciam na Paróquia.

Os párocos aliciavam os coroinhas oferecendo bebida alcoólica, dinheiro e estudo de graça em escolas particulares e tradicionais do município. O público que lotou o Fórum de Arapiraca ficou estarrecido com os depoimentos.

Outro momento marcante, foi o depoimento de Abelardo José de Leite de Lima, cujo filho de 9 anos, também foi assediado pelo padre Edilson Buarque. Indignado, Abelardo acentuou o amor que tem pela igreja, mas não aceitava e sofria com os acontecimento envolvendo o próprio filho.

É grande a expectativa para os depoimentos dos párocos. O padre Edilson Buarque vai ser ouvido neste sábado. Foram intimados também, Monsenhor Luiz Barbosa e Monsenhor Raimundo Gomes. A tradicional cidade alagoana deve parar para ouvir as explicações dos três acusados que já foram suspensos das atividades religiosas.

O Senador Magno Malta, destacou o apoio que a CPI recebeu das autoridades locais e solicitou ao Governo do Estado proteção policial para os coroinhas que denunciaram os pedófilos. Ele encerrou os trabalhos na sexta-feira, esclarecendo que tem o dever de fortalecer o homem fazendo justiça para separar o bem do mal, o joio do trigo, preservando as instituições, que também tem homens sérios e bons.