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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Por obra da Copa, Metrô derruba parte de favela e deixa 200 famílias vivendo entre escombros

Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo


  • Moradores das favelas Buraco Quente e Comando estão sendo removidos para dar lugar a obra da Copa
    Moradores das favelas Buraco Quente e Comando estão sendo removidos para dar lugar a obra da Copa
Cerca de 200 famílias estão vivendo há pouco mais de dois meses entre escombros de casas demolidas, entulho e lixo gerados pela derrubada de casas desapropriadas na zona sul de São Paulo pelo Metrô. As demolições estão sendo feitas na margem da avenida Jornalista Roberto Marinho, para limpar um terreno que será ocupado pela Linha 17-Ouro do Metrô, obra que faz parte do planejamento do governo paulista para a Copa do Mundo de 2014.
De acordo com o plano de trabalho da obra, serão removidas do local cerca de 400 famílias das favelas Buraco Quente, Comando e Buté. O terreno, ocupado por seus residentes há 40 anos, é público. Por tratarem-se de famílias em condição de vulnerabilidade social, o governo paulista oferece uma indenização para quem for removida. O valor vai de R$ 43 mil a R$ 85 mil, de acordo com o Metrô.


Moradores vivem entre escombros em favela de SP

Crianças de 200 famílias das favelas Buraco Quente e Comando, na zona sul de São Paulo, convivem com escombros de casas desapropriadas Leandro Moraes/UOL

Para quem preferir, há, ainda, a opção de inserção no programa de habitação de interesse social da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), em que a família ou o indivíduo, mediante participação no financiamento do imóvel em percentual calculado de acordo com a renda mensal, recebe uma unidade habitacional, na mesma região de onde está sendo removido (neste caso, serão construídas unidades na confluência da av. Jornalista Roberto Marinho e av. Washington Luís, para fins de reassentamento dessa população, informa o Metrô).

OBRA PRONTA NO MEIO DA COPA

  • Folhapress
    O contrato firmado entre o governo do Estado de São Paulo e o consórcio responsável pela construção da Linha 17 do metrô, prevista para fazer a ligação entre o aeroporto de Congonhas e a rede CPTM de trens metropolitanos, determina que a obra tem que ser entregue até o dia 27 de junho de 2014, ou seja, 15 dias após o início da Copa do Mundo de 2014.
As desapropriações começaram há pouco mais de dois meses. Cerca de metade daqueles que serão desapropriados já deixaram suas casas. Assim que uma casa é desabitada, o Metrô promove a demolição parcial do imóvel, para evitar nova ocupação. Os escombros, porém, não são removidos.
Assim, as cerca de 200 famílias que ainda habitam o local, ou por não terem concordado com a indenização proposta, ou por aguardarem a sua vez no processo de desapropriação, estão vivendo entre escombros que remetem a um bairro sob bombardeio. Na região, crianças estão circulando entre vigas metálicas retorcidas e paredes parcialmente demolidas.
É o caso da aposentada Teresinha Alves dos Santos, 63, que mora em um pequeno cômodo com seus três netos. Todas as casas em volta da sua foram demolidas. Teresinha ainda não deixou o imóvel onde mora há 30 anos porque, apesar de ser separada há 25 anos, ainda é oficialmente casada, e seu (ex-) marido, com quem não tem qualquer contato, possui um imóvel no Estado de Pernambuco.
"Então, quando vieram aqui falar para as pessoas saírem, me disseram que eu não teria direito a indenização, porque eu tenho uma casa em Pernambuco, mas eu nem sei que casa é essa", conta a aposentada, que recebe um salário mínimo por mês após trabalhar no setor de limpeza por 30 anos. "Então, quem morava do meu lado foi embora, e quebraram todas as casas. Eu fiquei sozinha, com as crianças".
Teresinha não teria outra alternativa a não ser ir morar na rua com seus três netos, não fosse a atuação do líder comunitário Geílson Sampaio, que nasceu e cresceu no Buraco Quente, e está ajudando a aposentada a concretizar oficialmente seu divórcio para, assim, poder pleitear a indenização. "Estamos tentando ajudar as pessoas nessa e em outras condições semelhantes, porque quem não souber quais são seus direitos vai acabar na rua, sem nada", diz Sampaio.
Outro que ainda não abandonou sua casa é o vigilante Josivaldo José da Silva, 35, pai de um menino de 10 anos. Segundo ele, a indenização que foi oferecida à família não é suficiente para adquirir um imóvel na região. mas meu filho estuda aqui, como que eu vou sair e ir pra outro lugar da cidade no meio do ano escolar dele?", indaga o vigilante, que mora no Buraco Quente há 15 anos.
O Metrô informa que a Coordenadoria de Atendimento à Comunidade-CAC está à disposição das famílias que necessitarem de acompanhamento ou apoio durante o processo de desapropriação.. A Coordenadoria atende nos telefones 11 3111-8555/ 8559/ 8742 e 8565, no horário comercial,  e pelo site www.metro.sp.gov.br/fale conosco.

Sucesso do passado, CB 500 é relançada pela Honda em Milão


Motocicleta foi totalmente renovada em relação ao antigo modelo.
Nova “família 500” possui três modelos: CB 500F, CB 500X e CB500R

Rafael MiottoDo G1, em Milão (Itália)

honda cb500r (Foto: Rafael Miotto/G1)Honda CB 500R (Foto: Rafael Miotto/G1)Além do nome, a nova "família CB 500" traz a mesma configuração de motorização do antigo modelo, com propulsor bicilíndrico. No entanto, todo o conjunto é novo e o motor de 471 cilindradas é capaz de gerar 48 cv e 4,38 kgfm de torque máximo, além de contar com injeção eletrônica e refrigeração líquida.Sempre guardando suas principais novidades do ano para o Salão de Milão, a Honda mostra na abertura do evento à imprensa, nesta terça-feira (13), a nova CB 500. Resgatando o nome de sucesso entre as décadas de 1990 e 2000, a marca lança uma nova base que dá origem a três motos de estilos diferentes: uma naked (sem carenagens, como o antigo modelo), uma esportiva e uma crossover. A empresa também apresentou mais a nova Goldwing F6B, o scooter Forza 300 e renovou a CBR 600RR . A salão vai até o próximo dia 18, com os dias 13 e 14 reservados para apresentações aos jornalistas.
honda cb500f (Foto: Rafael Miotto/G1)CB 500F (Foto: Rafael Miotto/G1)
Enquanto a CB 500F segue com as mesmas características da antiga CB 500, mas com molduro no farol, a CBR 500 traz carenagens e comportamento mais esportivos, ao passo que a CB 500X tem proposta crossover, com suspensões mais longas, como a NC 700X, lançada este ano no Brasil.
Com tanque de 15,5 litros de capacidade, a CB 500F faz consumo médio de 27 km/l. Seu câmbio é de 6 marchas e a transmissão secundária feita por corrente. Seu peso em ordem de marcha é de 192 kg, enquanto a CB 500X pesa 196 kg e a CBR 500R 195 kg. O freio ABS é de série.
CBR 600RRA esportiva de média cilindrada da Honda foi renovada para o Salão de Milão. As modificações no visual são impactantes, principalmente na dianteira. De acordo com a marca, a aerodinâmica e o controle do modelo agora estão melhores. Seu motor é um quatro cilindros de 599 cm³ que gera 120 cavalos de potência máxima.
Honda Goldwing (Foto: Rafael Miotto/G1)Goldwing F6B (Foto: Rafael Miotto/G1)
Goldwing F6B
Utilizando como base a GL 1800 Goldwing, a Honda criou a F6B, um modelo que transforma o modelo touring em uma custom – algo similar a Harley-Davison Street Glide. É possível notar a redução nas carenagens do modelo o deixando com visual mais “bandido”. O motor é um seis cilindro de 1.832 cm³ e 118,3 cv.
Forza 300
Para completar as novidades em Milão, a Honda lançou o Forza 300. O scooter utiliza como base o antigo Forza 250. Com novo propulsor, o modelo alcança agora 23,4 cavalos de potência máxima.
Honda CB600RR (Foto: Rafael Miotto/G1)CB 600RR (Foto: Rafael Miotto/G1)

Corregedoria suspeita que policiais venderam dados de PMs a bandidos

ANDRÉ CARAMANTE
AFONSO BENITES
Do Folha de São Paulo


A Corregedoria da Polícia Militar suspeita que policiais entregaram a criminosos uma listagem com nomes completos, endereços residenciais e telefones de quase cem PMs que atuam na Grande SP.

Segundo a apuração do órgão, a venda dos dados foi feita por R$ 8.000. A listagem teria sido retirada do 35º Batalhão da PM de Itaquaquecetuba, e as informações seriam usadas por membros da facção criminosa PCC para cometer atentados contra policiais e/ou seus familiares.

Folha tentou ouvir o comandante-geral da PM, Roberval França, mas ele não se manifestou. Por meio do Centro de Comunicação Social, a PM informou que "todos os detalhes envolvidos na investigação não podem ser divulgados para não atrapalhá-la".
Neste ano, 93 PMs foram assassinados no Estado. Parte das mortes, segundo investigações, ocorreram como retaliação a prisões ou mortes de criminosos por policiais.
As ordens para os assassinatos em série de PMs partiram de chefes do grupo criminoso que estão abrigados em penitenciárias paulistas.

Em agosto, agentes penitenciários apreenderam um celular usado por um detendo ligado ao PCC no qual havia uma listagem com as informações sobre policiais.
Dias depois, a Corregedoria fez uma busca no batalhão de Itaquaquecetuba e recolheu três computadores de onde suspeita-se que a lista tenha sido vazada. Essa listagem, sigilosa, é utilizada para a convocação de PMs em situações de urgência.
Editoria de Arte/Folhapress
A lista foi distribuída, segundo a apuração, entre criminosos do PCC por meio da rede social Facebook em um "salve", nome dado a uma ordem dos chefes da facção.

Em outubro, a Folha mostrou que o PCC incluía em livro-caixa pagamentos a policiais civis e acordos com PMs.

Em um comunicado, os chefes pedem que outros criminosos busquem informações com os "PMs que roubam com a gente", porque só eles teriam os dados que eles precisavam. Não fica claro, porém, se o pedido se refere a endereços de policiais.

"É extremamente preocupante criminosos terem acesso à lista. É entregar o ouro para o bandido. Os PMs e seus familiares ficam mais expostos", disse o presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, Wilson Morais.

GÊMEOS

No dia 30 de outubro, outra lista com nomes de policiais foi apreendida na favela Paraisópolis (zona sul) com dois gêmeos de 17 anos.

Ela tinha nomes ou apelidos de seis policiais, além de detalhes de lugares que eles frequentavam e anotações sobre tráfico de drogas.