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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

'Tenho ódio do motorista', diz mãe de jovem morta após atropelamento


Morte de Ana Carolina Teixeira completa um mês nesta quinta-feira (1º).
Laudos não ficaram prontos e morte não foi esclarecida.

Bruno GutierrezSantos, SP

Ana Carolina morreu no dia 1º de Outubro(Foto: Arquivo Pessoal)
Ana Carolina tinha 21 anos quando foi atropelada(Foto: Arquivo Pessoal)

Um mês após a morte da jovem Ana Carolina Teixeira, de 21 anos, que foi atropelada enquanto saía do trabalho em Santos, no litoral de São Paulo, a mãe da vítima, Gláucia Cópia, diz que não aguenta mais esperar pela solução do caso. Apesar de um suspeito de ter atropelado a jovem ter se apresentado, não houve depoimento, já que o homem se recusou a conversar com o delegado e afirmou que só daria o depoimento na Justiça.

Gláucia não mede as palavras para falar o que sente em relação ao homem que atropelou sua filha: ódio. A mãe da vítima afirma que, caso um dia encontre o homem, não dirá absolutamente nada a ele e que, provavelmente, vai querer agredí-lo. “Se pudesse, acho que não falaria nada. Eu bateria nele. Tenho ódio dele. Sei que não posso alimentar um sentimento desses no coração. Ele forjou as provas, provocou o acidente e fugiu sem prestar socorro. Por ter feito tudo isso ele é bandido. Se tivesse forças, mandaria ele para um paredão”, diz.

Gláucia comenta que, um mês após perder Ana Carolina, ainda não teve coragem para mexer no quarto da filha. A mãe da garota garante estar revoltada com a polícia. “Me sinto um barco a deriva. Sem bússola, sem GPS, não sei para que lado eu vou. Tiraram o meu chão. Aqui era só eu e ela. Eu não tenho ninguém em Santos, não tenho família. Tiraram a única coisa de bem da minha vida. Não tenho coragem de desmanchar nada. Não mexi no quarto, não doei as roupas dela. Sinto como se tivesse me descartando da Carol. Estou revoltada com a polícia. No Brasil é tudo negligente. Em outro país tirariam a carta dele. Fora daqui você fica detido até provar a inocência. Aqui é preciso provar que a pessoa é culpada”, reclama.

Três testemunhas já foram chamadas para prestar depoimento. Uma reconstituição do acidente ainda deverá ser marcada para as próximas semanas. Segundo Gláucia, o motorista apresentou um laudo psiquiátrico informando que realiza tratamento. Para ela, o fato é um agravante ao caso. “Se ele tivesse fazendo tratamento antes do acidente não poderia estar dirigindo. Eu sei porque quando passei por isso e precisei tomar remédios fortes, a primeira coisa que fizeram foi retirar minha habilitação”, conta.

De acordo com a mãe da vítima, um depoimento de uma das testemunhas citou que, constantemente, o condutor era visto embriagado ao chegar em casa. “O porteiro do prédio dele foi claro afirmando que ele chegava constantemente embriagado no prédio. Se ele estava tomando remédio piorou, porque ele misturou álcool com medicamentos. O que agravaria seu estado”, disse.

Durante a perícia realizada no veículo do suspeito, a polícia encontrou um fio de cabelo que pode pertencer a Ana Carolina. Gláucia reclamou da demora para a análise ser feita e conta que ainda espera ser chamada para o exame de DNA. “As coisas estão caminhando a passo de tartaruga. Ainda não veio nada da criminalística. Eles colheram o material no dia 8 de outubro. Ainda nem me chamaram para fazer o exame para comparar o DNA. Estamos apertando a polícia para ter resultados”.

O G1 tentou entrar em contato com o advogado do suspeito de atropelar Ana Carolina, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Governo estabelece diretrizes para ‘pente fino’ no setor elétrico


Regras para inspeção em instalações foram publicadas nesta quinta (1º).
Medida foi anunciada após apagão que atingiu o Nordeste na sexta (26).

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

Portaria publicada pelo Ministério de Minas e Energia na edição desta quinta-feira (1º) do "Diário Oficial da União" estabelece as diretrizes para a realização do “pente fino” em sistemas de proteção da rede elétrica, anunciado pelo governo como uma das medidas para tentar evitar a ocorrência de novos apagões no país.
Nesta quarta (31), o Ministério de Minas e Energia apresentou relatório que reafirma a versão do governo de que o apagão no Nordeste foi provocado por falha humana: após ter sido desligado para passar por manutenção, uma semana antes do apagão, não houve o religamento de um equipamento de proteção localizado em linha de transmissão entre o Tocantins e o Maranhão.A inspeção ocorre depois de terem sido registrados, num período de aproximadamente um mês, quatro falhas de fornecimento de energia consideradas graves pelo governo, entre elas a que deixou todos os estados do Nordeste sem luz por até quatro horas na sexta-feira (26).
Segundo o governo, na sexta (26) houve um curto-circuito e, como esta proteção não estava ativa, houve o desligamento da energia que atingiu o Nordeste.
De acordo com a portaria publicada nesta quinta, serão formadas equipes de avaliação que vão fazer visitas a instalações do setor de energia espalhadas pelo país.
Serão avaliadas por elas questões como condição material das instalações (sala de controle, sala de relés, pátio de subestações); verificação de existência de aterramentos; verificação da tecnologia, peças de reposição, dificuldade de manutenção e estado de conservação dos sistemas de proteção dessas redes; e análise do programa de manutenção preventiva adotado nas unidades.
Na terça (30), o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, disse que o governo está discutindo outras ações para melhorar a segurança e a confiabilidade do sistema elétrica nacional.
As falhas no fornecimento de energia registradas no país nas últimas semanas levaram o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a admitir na semana passada, pela primeira vez, que esses problemas “não são normais.