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terça-feira, 12 de outubro de 2010

PT e PSDB estimam 17 milhões de eleitores indecisos para o Planalto


Repousa sobre uma fatia equivalente a 17 milhões de eleitores a definição sobre o próximo inquilino do Palácio do Planalto. O contingente significa o total de prováveis votos válidos que ainda não estão definidos entre Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). O número “mágico” é disputado por petistas e tucanos e foi confirmado por levantamentos internos das legendas e pela pesquisa do Instituto Datafolha divulgada no fim de semana. Cerca de 10% dos eleitores de cada um dos candidatos ainda não consolidaram as escolhas. Outros 7% estariam indecisos.

As duas candidaturas têm como foco definido até 31 de outubro, data da votação, ganhar terreno em dois perfis do eleitorado, que hoje correspondem à parcela mais indecisa: mulheres e eleitores com até o nível fundamental completo. Dilma e Serra trabalham com índices de rejeição considerados altos. Cerca de 35% do eleitorado dizem que não votariam na petista, segundo o Datafolha, contra 37% do tucano.

Do lado petista, a recuperação do espaço perdido por Dilma na reta final do primeiro turno é a prioridade da estratégia traçada pela legenda. O eleitorado que modificou o voto na última hora por conta do fator Marina Silva (PV) e das denúncias contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra seria o voto que separa a petista da vitória nas urnas, pelas contas dos coordenadores da campanha. O mote para conquistar esse perfil será a comparação entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. “Vamos dialogar mostrando aos eleitores que são dois projetos claramente identificados: o de FHC e o do presidente Lula. Construindo essa ideia, mostramos que as pessoas têm a opção de voltar ao modelo antigo ou permanecer com o nosso projeto”, aposta o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo.

Debruçados sobre pesquisas internas, petistas e tucanos trabalham com números distintos. A coordenação de Dilma acredita que ela está oito pontos à frente de Serra, enquanto os tucanos acusam o empate. As tendências apontam disputa acirrada, especialmente em Minas Gerais, Pará e Goiás. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, Serra e Dilma lideram com relativa folga, respectivamente, mas, pelo peso das duas unidades da Federação, aliados dos partidos trabalham para ampliar — ou reduzir — a diferença.

Blocos

Do lado tucano, o Rio Grande do Sul é um estado em que há a aposta de que Serra vire o quadro e supere Dilma. “Identificamos um público indeciso entre as mulheres com nível fundamental completo, mas nossa estratégia não pode se ater a isso, precisa ser abrangente”, explica o presidente do PSDB, Sérgio Guerra. O partido trabalhará a campanha em grandes blocos estaduais. Candidatos aos governos e vitoriosos e derrotados no primeiro turno comandam as ações regionais. “Teremos mais chances de acertar diferenciando realidades e políticas por região. O perfil do eleitor muda em cada local. Uma mulher, por exemplo, tem necessidades diferentes de acordo com o estado em que está”, explica Guerra.

O mesmo papel desempenhado pelo Rio Grande do Sul na estratégia tucana é reservado a Santa Catarina pelo petistas.

A coordenação da campanha quer resgatar, ainda, a confiança de duas parcelas consideráveis da população que tinham a intenção de votar em Dilma antes do início da corrida presidencial e, no decorrer do pleito, migraram para outros candidatos: os eleitores que consideravam a possibilidade de votar no político escolhido por Lula e as pessoas satisfeitas com a gestão petista.

Dentro desse perfil, merecerão atenção redobrada as mulheres com baixo grau de escolaridade, maioria no grupo dos indecisos. “A questão religiosa não pode ser preponderante em uma eleição que não escolherá um líder religioso, mas o presidente do Brasil. Temos de adotar a estratégia de informar e não o contrário”, alfineta o secretário de Comunicação do PT, André Vargas.