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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Barbosa diz em discurso que Justiça não trata a todos de forma igual


Novo presidente do STF vê 'tratamento privilegiado' e 'déficit de igualdade'.
Ministro discursou ao tomar posse nesta quinta (22) em solenidade no STF.

Do G1, em Brasília
O ministro Joaquim Barbosa apontou nesta quinta (22), durante discurso na cerimônia em que tomou posse na presidência do Supremo Tribunal Federal, um "déficit de igualdade" na Justiça (veja no vídeo ao lado a íntegra do discurso).
Para o novo presidente do STF, "nem todos os cidadãos" são tratados da mesma forma quando buscam o Judiciário.
“É preciso ter a honestidade intelectual para reconhecer que há um grande déficit de Justiça entre nós. Nem todos os cidadãos são tratados com a mesma consideração quando buscam a Justiça. O que se vê aqui e acolá é o tratamento privilegiado”, declarou.
Segundo Barbosa, se o acesso ao Judiciário não se tornar mais igualitário e eficaz, ele “suscitará um espantalho” capaz de afugentar investimentos.
“O que buscamos é um Judiciário célere, efetivo e justo. De nada vale o sofisticado sistema de informação, se a Justiça falha. Necessitamos tornar efetivo o princípio constitucional da razoável duração do processo. Se não observada estritamente e em todos os quadrantes, o Judiciário nacional, suscitará, em breve, o espantalho capaz de afugentar os investimentos que tanto necessita a economia nacional”, disse.
“O juiz deve, sim, sopesar e ter em conta os valores da sociedade. O juiz é um produto do seu meio e do seu tempo. Nada mais ultrapassado e indesejado do que aquele juiz isolado, como se estivesse fechado em uma torre de marfim”, disse.Ele afirmou que os magistrados devem levar em conta as expectativas da sociedade em relação à Justiça e disse que não há mais espaço para o juíz "isolado". Para Barbosa, o magistrado precisa considerar os valores e anseios da sociedade.
O novo presidente do Supremo defendeu o reforço da "independência do juiz."
Ele afirmou que o magistrado deve ter consciência de suas limitações e jamais deixar que “suas crenças mais íntimas” influenciem nas decisões.
“Não se pode falar de instituições sólidas sem o elemento humano que as impulsiona. Se estamos em uma casa de Justiça, tomemos como objeto o homem magistrado. O homem magistrado é aquele que tem consciência de seus limites. Não basta ter formação técnica, humanística e forte apelo a valores éticos, que devem ser guias de qualquer agente estatal. Tem que ter em mente o caráter laico da sua missão constitucional [para que] crenças mais íntimas não contaminem suas atividades."
 Na avaliação de Barbosa, é necessário afastar o novo juiz de influências negativas e dos laços políticos eventualmente usados para a ascensão profissional.
"Nada justifica a pouca edificante busca de apoio para uma singela promoção do primeiro para o segundo grau de jurisdição", disse.
Ele afirmou que quer um Judiciário “sem floreios” e “rapapés” e com compromisso com a eficácia. “Justiça que falha e não tem compromisso com sua eficácia é Justiça que impacta direta e negativamente a vida dos cidadãos”, declarou.
Sobre a situação institucional no Brasil, ele afirmou que o país soube construir instituições que podem servir de modelo internacional. "Hoje pode se dizer que temos instituições sólidas, submetidas cada vez mais ao escrutínio da sociedade, de organizações e da sociedade internacional", afirmou.

Delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo coloca cargo à disposição

ValorCristiane Agostine


O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, colocou seu cargo à disposição do novo secretário de Segurança do Estado, Fernando Grella Vieira, e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Grella tomou posse nesta quinta-feira (22) e substitui Antonio Ferreira Pinto, em meio à crise na segurança em São Paulo.

Onda de crimes no Estado de São Paulo

Um carro da Polícia Militar capotou na madrugada desta terça-feira (20) na avenida Paulista, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, depois de perseguição a suspeitos. Três pessoas ficaram feridas, entre elas um PM Nelson Antoine/Fotoarena

Lima criticou a desidratação da Polícia Civil e a retirada da Corregedoria do controle da entidade. Reclamou também do papel da atuação do Batalhão de Choque Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na investigação de crimes no Estado.
"Foram passadas informações para a Rota que possibilitaram fazer prisões. Acontece que no mundo todo a polícia que patrulha não é a polícia que investiga, mesmo sendo da mesma corporação. Essa divisão entre o pessoal que patrulha e previne e o pessoal que investiga e prende é o padrão internacional. Não adianta querer inventar terceira, quarta polícia", disse.

"E a Corregedoria tem que ficar na Polícia Civil. Não serão terceiros que vão assumir esse papel. Quando tira [a Corregedoria do controle], atinge a Polícia Civil, que tem de ser considerada como um órgão muito importante", afirmou.

O delegado-geral da Polícia Civil contestou ainda o poder dado à Polícia Científica. "Ela não existe na Constituição. Em São Paulo é colocada ter como terceira polícia. Como se não bastasse ter duas polícias, o que já é complicado", disse nesta quinta-feira, ao participar da cerimônia de posse de Grella, na sede do governo paulista.

Gol anuncia fim da Webjet e desligamento de 850 funcionários


Primeira medida é a extinção das operações de voo.
Companhia prevê que haverá aumento 'pontual' de custos.

Do G1, em São Paulo
A companhia aérea Gol anunciou na manhã desta sexta-feira (23) o início do processo de encerramento das atividades de sua controlada Webjet e a descontinuidade de sua marca. De acordo com o presidente da companhia, Paulo Kakinoff, 850 funcionários, entre tripulação técnica, tripulação comercial e manutenção de aeronaves, serão desligados. Desse total, 143 são técnicos (comandantes e copilotos), 400 são de operação comercial e o restante é de profissionais do grupo de manutenção. A Webjet tinha um quadro de 1.500 funcionários. Uma parte será absorvida pela Gol.
Quanto aos clientes e passageiros da Webjet, todos deverão ser assistidos pela Gol, conforme informou a companhia e terão seus voos garantidos. "Nesse sentido, todas as providências necessárias serão tomadas.""A primeira medida é a extinção das operações de voo", diz a empresa, em comunicado ao mercado. A Webjet possui aviões modelo Boeing 737-300, que, segundo a empresa, são de idade média elevada, alto consumo de combustível e defasagem tecnológica. Vinte aeronaves serão devolvidas até o final do primeiro semestre de 2013.
Diante de todas essas mudanças, a companhia prevê que haverá aumento "pontual" de custos durante o quarto trimestre de 2012. "Tais medidas deverão resultar em uma operação mais eficiente a partir de 2013."
A Gol prevê uma redução da oferta doméstica entre 5% e 8% no primeiro semestre do próximo ano sobre o mesmo período do ano anterior.
HistóricoA Gol concluiu a compra da WebJet em outubro de 2011, por R$ 70 milhões, além de ter assumido dívidas de cerca de R$ 200 milhões.
A aquisição foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 10 de outubro último, condicionada ao cumprimento de um acordo para garantir um patamar de 85% de eficiência na operação dos slots do aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
A Gol afirmou, após o aval do Cade ao negócio, que pretendia concluir a integração da malha da WebJet em dezembro, divulgando até o fim do ano um plano de sinergias que poderiam ser alcançadas.
As ações da Gol subiam 0,31% às 10h20, cotadas a R$ 9,71. No mesmo instante, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,19%.
DemissõesDesde o início do ano, a Gol vem reduzindo seu quadro de funcionários, num processo de "racionalização de custos". De acordo com  Kakinoff, no final do ano passado, a companhia contava com 20.500 funcionários. Hoje, são 17.000. A frota está da empresa está em 130 aeronaves.