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sexta-feira, 21 de junho de 2013


O primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), afirmou nesta quinta-feira (20) que a cúpula do Poder Legislativo não vai receber mais ninguém até que seja identificado quem são os líderes da manifestação que acontece em frente ao Congresso Nacional. Mas Vargas disse que a "Casa continua aberta, dialogando, conversando e aguardando qualquer desdobramento que possa indicar uma conversação". Três pessoas que seriam representantes do protesto entraram no gabinete do presidente do Senado e por lá permaneceram mais de uma hora. O vice-presidente da Câmara disse que não os recebeu por não considerá-los representantes do movimento. "Vamos ficar até a hora de um desdobramento tranquilo e sereno, como fizemos na segunda-feira. Essa é a obrigação de quem dirige a Casa", disse o petista. Após deixar o gabinete da presidência do Senado, um deles, o advogado Kayo José Miranda, disse ter protocolado um documento com uma pauta de reivindicações com base no que tem sido dito nas redes sociais. Dois pontos elencados são a contrariedade com a eventual aprovação da PEC 37, a proposta de emenda à Constituição que limita os poderes de investigação criminal do Ministério Público, e um questionamento em relação aos gastos com a Copa do Mundo. Miranda disse não fazer parte de nenhum movimento social envolvido nos protestos, como o Movimento do Passe Livre. Ainda assim, o advogado acredita ser representante do protesto. "Fazemos a voz dos protestos. Estamos preocupados que o movimento perca a sua legitimidade por não haver representação", disse.

   
Sexta, 21 de Junho de 2013 - 00:00

Salvador vira palco de guerra; população condena ação da polícia

por Alexandre Galvão

Fotos: Patrick Silva
 
O que poderia ser mais uma passeata pacífica e um show de civilidade se transformou em um quebra-quebra nesta quinta-feira (20). O trajeto previsto – iniciado no bairro do Campo Grande, passando pelo Politeama, Nazaré até a Ladeira da Fonte Nova - foi, por alguns manifestantes, desviado para a Avenida Sete de Setembro, o que, já no começo da caminhada, causou uma divisão no grupo de cerca de 20 mil pessoas.
 

Quando o grupo de pessoas que decidiu ir pela Avenida Sete de Setembro, chegou à Avenida Joana Angélica foi surpreendido por uma barreira policial que começou a disparar bombas de gás lacrimogêneo e avançar sobre os manifestantes, que, até o momento, seguiam de forma pacífica. Com a ação ofensiva por parte da força militar, os manifestantes começaram a atirar pedras e outros objetos contra o grupamento. A tropa de choque avançou lentamente, e forçou que a multidão se deslocasse para a frente do Shopping Lapa, onde, um pequeno grupo, depredou pontos de ônibus e placas de sinalização. Quando questionado pelo Bahia Notícias sobre a ação da polícia, Valter Altino, ativista do Movimento Passe Livre, disse que "não existe mudança pacífica" e que essa já era uma reação esperada.
 

No bairro dos Barris o mesmo enfrentamento aconteceu. Segundo Marcos Araújo, estudante de Direito, a Polícia de Choque abriu a barricada que fica na região do Dique do Tororó e deixou alguns manifestantes entrarem. "Ninguém invadiu", ressaltou. "Quando as pessoas começaram a entrar, eles começaram a jogar bomba, spray de pimenta, tudo", contou em entrevista ao BN. Depois da ação militar, o que se viu pela cidade foi um rastro de destruição em protesto contra a violência sofrida no movimento pacífico. Cerca de três bancos na Avenida Sete e uma loja, também no mesmo local, foram destruídos. Na Praça do Campo Grande, pontos de ônibus e lixeiras se encontravam quebrados e um rastro de lixo estava espalhado pela pista. Para João Victor, estudante do Bacharelado de Saúde, a atuação da Polícia pode ser considerada como "terrível". "Policia despreparada e desrespeitosa. Não queria nem saber quem estava sendo vândalo, apenas atacava todo mundo. Covardes", disse. Durante todo o percurso, a equipe do Bahia Notícias tentou conversar com diversos policias, mas todos se recusaram a dar alguma declaração.

   
Quinta, 20 de Junho de 2013 - 22:00

Manifestação em Brasília tem 31 feridos, diz Samu

por Agência Estado
Um primeiro balanço da manifestação desta quinta-feira, 20, em Brasília, aponta 31 feridos dentre os manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Segundo informações do Samu do Distrito Federal, que atendeu os feridos nas proximidades do Congresso, do total, 11 foram removidos para hospitais: um deles com possível traumatismo craniano; outro com ferimento de bala de borracha na perna; e outro manifestante com um ferimento na perna que pegou uma artéria e, por isso, sangrava muito. Os demais não tiveram ferimentos graves e muitos foram atendidos em razão de intoxicação com gás lacrimogêneo e spray de pimenta.

   
Ativistas criticam 'truculência' policial e planejam nova manifestação para sábado
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O objetivo de chegar “o mais perto possível" da Arena Fonte Nova, revelada ao Bahia Notícias no início da tarde desta quinta-feira (20) por Yuri Brito, um dos organizadores da caminhada em direção à Arena Fonte Nova, não foi alcançado como se pretendia, pacificamente. “A gente sabia que ia ter o confronto”, admitiu Valter Altino, ativista do Movimento Passe Livre em Salvador, mas ressaltou que “as pessoas só começaram a depredar depois que a polícia chegou com violência, mas tinha pessoas que foram com má intenção”. Bruno Pedra, que também integra o grupo que organizou a manifestação desta quinta, tem a mesma versão sobre os fatos. “Em nenhum momento a gente pensou que poderia acontecer isso. Eu não sei ainda como está aparecendo, mas sei que tudo começou depois que a polícia lançou bombas e veio com a cavalaria pra cima das pessoas”, disse Pedra, em entrevista ao BN, ao avaliar que a polícia “se excedeu bastante”. Outro integrante do MPL em Salvador, Pareta afirma que “eles induziram a passagem das pessoas”, ao se referir à atitude de policiais da tropa de choque que “abriram a barricada” quando os manifestantes se aproximaram do bloqueio, o que teria levado os ativistas a entenderem que podiam continuar a caminhada. “Como eles não disseram nada e abriram a barreira, as pessoas passaram pacificamente; aí eles começaram a jogar bombas e cavalaria em cima das pessoas”, contou ao BN. Apesar de sustentar que foi “a revolta com a truculência” que levou as pessoas a cometerem atos de vandalismo, o manifestante enfatiza que não aprova e considera que a indignação “não justifica” as depredações. “Eu confio na Polícia Militar baiana, mas não sabia que a tropa de choque estava preparada para matar. Eles não nos orientaram para que não descêssemos a ladeira da Concha e vieram para cima com bombas; nós subimos e eles encurralaram a gente”, descreveu Pareta. Ele disse que “estamos tentando articular um movimento para o sábado (22)”, dia da partida entre as seleções do Brasil e Itália na Arena Fonte Nova, e quando questionado acerca da expectativa sobre o desfecho da próxima marcha, se mostrou preocupado. “Seria uma outra caminhada de paz, mas diante do clima, as pessoas já vão tensas”, declara. “Tomara que a tropa de choque truculenta, mal educada e mal treinada da Bahia não esteja lá”, conclui.